Plano de Ensino

Medicina

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Plano de Ensino | URI Câmpus de Erechim

PLANO DE ENSINO

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

Disciplina: Propedêutica Clínica I

Código: 40-616

Carga Horária: 120 horas Teórica: 30 Prática: 90

Número de Créditos: 08

Pré-requisitos: 20-328; 40-613

 

1 EMENTA

Anamnese e exame físico geral. Anamnese e exame físico dos sistemas gastrintestinal, neurológico, endocrinológico e oncológico.

 

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivos Gerais

  • Oportunizar a aprendizagem da realização da anamnese, do exame físico geral e dos sistemas orgânicos, de modo que o acadêmico adquira autonomia à realização da avaliação clínica.
  • Estruturar uma consulta médica completa, organizando e registrando de modo racional, a anamnese e exame físico.
  • Promover a educação permanente e o uso de ferramentas tecnológicas que propiciem a fundamentação da prática médica baseada em evidências científicas.

 

2.2 Objetivos Específicos

Espera-se que esta unidade curricular contribua para a aquisição das seguintes competências, habilidades e atitudes:

  • Realizar a entrevista médica e reconhecer a importância de uma história clínica e suas diversas etapas.
  • Realizar o exame físico, a coleta de dados biométricos e vitais do paciente e registrá-los adequadamente no prontuário médico.
  • Relacionar-se e comunicar-se adequadamente com o paciente, demonstrando atenção e respeito, bem como com seus familiares e acompanhantes.
  • Respeitar a autonomia do paciente como ser biopsicossocial, considerar seu bem-estar e confidencialidade de suas informações clínicas.
  • Construir a história clínica do paciente, com base na anamnese completa (contexto clínico, psíquico, social e cultural) e descrição do exame físico focado nestes contextos, conforme o ciclo de vida que se encontra.
  • Elaborar a conduta médica em conjunto com os professores/tutores, com base na identificação dos problemas e no raciocínio clínico elaborado.
  • Socializar, de modo organizado e fundamentado, casos clínicos reais ou simulados, com vistas ao desenvolvimento da argumentação, discussões e análise de opiniões, inclusive de profissionais e acadêmicos de áreas afins.
  • Preencher os registros médicos (prontuários, formulários de pedidos de exames e encaminhamentos) demonstrando competência comunicativa escrita e quando for o caso, oral.
  • Relacionar-se adequadamente com a equipe de trabalho, constituída pelos professores, tutores, alunos, setor administrativo, acadêmicos e profissionais de outras áreas, bem como com os profissionais da rede de saúde, que participem direta ou indiretamente da simulação ou do atendimento ao paciente.
  • Demonstrar postura acadêmica adequada nos diversos ambientes de formação (laboratórios de habilidades/simulações, ambulatórios e enfermarias), adotando normas de biossegurança, princípios morais, éticos e legais inerentes ao procedimento e ambiente em que se encontra.
  • Demonstrar autonomia no manejo das informações coletadas e habilidade para a seleção de textos/artigos pertinentes ao estudo.

 

3 CONTEÚDO CURRICULAR

Relacionamento médico-paciente.

Ética médica.

Prontuário médico: como registrar as informações.

Semiologia do sistema digestório.

Síndrome do Abdome Agudo.

Si´ndromes Hipoalbumine^micas - Cirrose e Diarreia Crônica.

Semiologia neurológica.

Dor. Cefaleia

Edema.

Febre/Hipertermia.

Síndromes do Sistema Nervoso Periférico.

Semiologia endocrinológica.

Obesidade e Emagrecimento.

Semiologia da mama e sistema genital feminino.

Atendimento humanizado, contextualizado e ético.

 

4 METODOLOGIA

Aulas teóricas expositivas dialogadas com a utilização de mídia digital. Aulas práticas em subgrupos, desenvolvidas no centro de simulações e habilidades da URI, no contexto ambulatorial e hospitalar (enfermarias). Os alunos são oportunizados à realização da anamnese e exames físicos, simulados e/ou reais, acompanhados e supervisionados por docentes e/ou tutores da URI. A simulação pode se desenvolver por meio de atores e/ou simulação realística, nos quais, os alunos são os executores dos procedimentos. A anamnese e exame físico real ocorre em âmbito ambulatorial e hospitalar (enfermarias), mediante acompanhamento de consultas realizadas pelos profissionais médicos (docentes/tutores) e/ou pelos próprios acadêmicos. Em ambos os casos, os médicos são os responsáveis pela conduta médica, bem como pela orientação nas discussões dos casos, condução do raciocínio clínico, da propedêutica e terapêutica; e, referência e contra referência dos pacientes. Ainda, orientações quanto ao estudo teórico, com vistas a ampliação do conhecimentos, educação continuada e diagnósticos diferenciais. Estudos de caso, discussões em grupo e seminários são estratégias metodológicas priorizadas nesta unidade curricular.

 

5 AVALIAÇÃO

A observação do desempenho dos alunos ocorre de modo contínuo, no decorrer do semestre letivo e nos diferentes cenários de práticas, de modo individual e/ou em grupo. As avaliações têm caráter formativo, somativo e diagnóstico. A avaliação formativa objetiva identificar avanços e limitações dos alunos, orientando-os aos ajustes necessários durante o semestre. A avaliação somativa, ocorre por meio de avaliações teóricas e no ambiente das atividades práticas (simuladas e/ou reais) e a avaliação diagnóstica embasa-se na demonstração da aquisição das competências, habilidades e atitudes inerentes aos objetivos da disciplina.

 

6 BIBLIOGRAFIA BÁSICA

BICKLEY, Lynn S; SZILAGYI, Peter G. Bates, propedêutica médica essencial: avaliação clínica, anamnese, exame físico. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.

PORTO, Celmo Celeno. Semiologia médica. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012, 2009, 2001, 1997.

SWARTZ, Mark H. Tratado de Semiologia Médica. História e Exame clínico. 7ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.

 

7 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

BENSENOR, Isabela M., MARTINS, Milton de Arruda, ATTA, José Antônio. Semiologia clínica. São Paulo: Sarvier, 2002.

LA FAUCE, Thiago S.; BONADIA, José Carlos; MASSAIA, Irineu Francisco D. F. Propedêutica médica da criança ao idoso. São Paulo: Atheneu, 2009.

LISBOA DA SILVA, Rose Mary Ferreira. Tratado de Semiologia Médica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.

MARTINEZ, J. Baddini, DANTAS, M, VOLTARELLI, J. C. Semiologia geral e especializada. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.

SOARES, J. L. Ducla. Semiologia médica. Princípios, métodos e interpretação. Portugal: Editora Lidel, 2007.