Plano de Ensino

Medicina

Página do Curso

Plano de Ensino | URI Câmpus de Erechim

PLANO DE ENSINO

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

Disciplina: Internato em Ginecologia e Obstetrícia

Código: 40-644

Carga Horária: 495 horas Teórica: 99 Prática: 396

Número de Créditos: 33

 

1 EMENTA

Anamnese e exame clínico-ginecológico, hipóteses diagnósticas, conduta terapêutica ou de investigação complementar. Atendimento ambulatorial obstétrico, doenças mais frequentes do ciclo gravídico-puerperal, propedêutica e tratamento, atendimento em sala de admissão, acompanhamento da gestante pré parto, parto e no pós-parto.

 

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivos Gerais

  • Oportunizar a realização do atendimento gineco-obstétrico em caráter resolutivo, tanto a nível ambulatorial como hospitalar.
  • Proporcionar a aquisição de conhecimentos, habilidades e atitudes relacionadas ao cuidado gineco-obstétrico.
  • Promover a educação permanente e o uso de ferramentas tecnológicas que propiciem a fundamentação da prática médica baseada em evidências científicas.

 

2.2 Objetivos Específicos

Espera-se que esta unidade curricular contribua para a aquisição das seguintes competências, habilidades e atitudes:

  • Realizar a entrevista médica e o exame físico centrados no atendimento gineco-obstétrico, e preparando a paciente e/ou responsáveis para os procedimentos a serem realizados.
  • Explicar, de modo compreensível e com linguagem acessível à paciente e/ou acompanhantes, os procedimentos a serem executados, demonstrando atenção e respeito.
  • Construir a história clínica com a paciente e/ou responsáveis, com base na anamnese completa (contexto clínico, psíquico, social e cultural) e realização de exame físico focado nestes contextos.
  • Identificar os principais problemas de saúde da mulher que requerem assistência ambulatorial e/ou hospitalar, formulando hipóteses diagnósticas e propondo condutas.
  • Indicar de modo racional a solicitação de exames complementares e interpretá-los, de acordo com a faixa etária e a situação clínica.
  • Aplicar os indicadores de sensibilidade, especificidade e valores preditivos na solicitação e interpretação de exames complementares.
  • Elaborar o plano terapêutico baseado no contexto clínico e social do paciente e na efetividade da ação médica.
  • Propor intervenções terapêuticas baseadas em evidências científicas para as doenças mais prevalentes e de potencial mórbido, conforme fase do ciclo da vida.
  • Respeitar a autonomia da paciente ou responsáveis, como ser biopsicossocial, considerar seu bem-estar e confidencialidade de suas informações clínicas e/ou cirúrgicas.
  • Elaborar prontuário médico ambulatorial ou hospitalar, preencher registros médicos (formulários de pedidos de exames, encaminhamentos e notificações) demonstrando competência comunicativa escrita e oral.
  • Comunicar-se e atuar considerando a diversidade e a singularidade na tomada de decisões compartilhadas.
  • Encorajar a paciente e/ou familiares a participar das decisões de modo compartilhado.
  • Prestar assistência ao trabalho de parto eutócico, sob supervisão, preenchendo e interpretando o partograma.
  • Conhecer as principais intercorrências durante as fases do trabalho de parto e as indicações de parto cesariana.
  • Auxiliar cesarianas, partos operatórios e cirurgias ginecológicas.
  • Utilizar estratégias de aconselhamento e de comunicação de más notícias.
  • Diagnosticar e orientar a prevenção, o rastreamento epidemiológico e o tratamento das infecções sexualmente transmissíveis, orientado pela abordagem sindrômica.
  • Aplicar os protocolos do Ministério da Saúde, relacionados à assistência da mulher.
  • Indicar métodos contraceptivos embasados na compreensão de suas vantagens e desvantagens.
  • Conhecer as afecções mais prevalentes em ginecologia e obstetrícia, intercorrências gestacionais, puerperais (puerpério fisiológico e patológico) bem como seus limites clínico-terapêuticos.
  • Prestar atendimento pré-natal habitual e de alto risco sob supervisão
  • Demonstrar postura crítica, reflexiva e senso de responsabilidade profissional e social, reconhecendo a importância das ações socioeducativas e políticas.
  • Conhecer a legislação e demonstrar compromisso com as responsabilidades profissionais.
  • Diagnosticar situações que caracterizam abusos e maus tratos e fazer encaminhamentos pertinentes.
  • Aplicar princípios e valores que orientam a relação do médico com pacientes, alunos, colegas e pessoas vulneráveis.
  • Relacionar-se adequadamente com a equipe de trabalho, constituída pelos professores, tutores, colegas, residentes, setores administrativos, alunos e profissionais de outras áreas, bem como com os profissionais da rede de saúde que participem direta ou indiretamente da simulação ou do atendimento ao paciente.
  • Demostrarpostura acadêmica e de liderança nos diversos ambientes de formação (laboratórios de habilidades/simulações, ambulatórios, enfermarias, bloco cirúrgico), adotando as normas de biossegurança, princípios morais, éticos e legais inerentes ao procedimento e ambiente em que se encontra.
  • Socializar, de modo organizado e fundamentado, casos clínicos reais ou simulados, com vistas ao desenvolvimento da argumentação, discussões e análise de opiniões, inclusive de alunos e profissionais de outras áreas.

 

3 PROGRAMA DO INTERNATO EM GINECOLOGIA

Os alunos serão divididos conforme as equipes de especialização:

a) Ginecologia Geral

b) Oncologia Ginecológica e Mastologia

c) Cirurgia Ginecológica

 

Atividades Práticas:

As equipes prestam atendimento ambulatorial, cirúrgico e de internação em Ginecologia Geral e na subespecialidade. Os alunos no internato deverão acompanhar as atividades de ambulatório e cirurgia da equipe.

 

Atividades Teóricas:

a) Reunião de Discussão dos Casos Clínico-Cirúrgicos

b) Aulas / Discussão

 

Conteúdo do Programa Teórico:

1. Infecções e infestações em ginecologia

2. Noções básicas em colposcopia

3. Distopias pélvicas

4. Incontinência urinária

5. Endocrinologia ginecologia e distúrbios menstruais

6. Anovulação

7. Esterilidade e infertilidade conjugal

8. Endometriose

9. Climatério

10. Anticoncepção hormonal e não hormonal

11. Lesões pré neoplásicas e neoplásicas do colo uterino

12. Patologias benignas e malignas do corpo uterino

13. Patologias benignas e malignas dos anexos uterinos

14. Patologias benignas e malignas da vulva

15. Alterações fisiológicas e benignas da mama

16. Patologias malignas da mama

17. Propedêutica em oncologia ginecológica

18. Propedêutica em reprodução humana

19. Atendimento humanizado, contextualizado e ético

 

Descrição das Atividades:

O Interno neste estágio terá responsabilidades progressivas, compatíveis com seu nível acadêmico de final de curso de Medicina.

 

Estágio Eletivo em Ginecologia

O Estágio Eletivo da Ginecologia é dividido nas três áreas básicas (Ginecologia Geral, Oncologia Ginecológica e Mastologia, e Cirurgia Ginecológica), que são frequentadas em períodos iguais.

O conteúdo didático é semelhante ao Estágio Obrigatório, sendo, porém acrescido de reuniões científicas junto com os professores de cada equipe e desenvolvimento/aprofundamento de leitura na Especialidade.

 

4 BIBLIOGRAFIA BÁSICA

BEREK, Jonathan S. Berek & Novak – Tratado de Ginecologia. 15ª ed. Rio de Janeiro: Gunabara Koogan, 2014.

HOFFMAN, Barbar L.; SCHORGE, Jonh O.; SCHAFFER, Joseph L. Ginecologia de Williams. 2ª ed. Porto Alegre: Amgh Editora, 2014.

MARCHETTA, Philippe; DESCHAMPS, Jacques. Colposcopia. Técnica, Indicações, Diagnóstico e Tratamento. 3ª ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2016.

 

5 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

ABRAO, Fauzer Simão. Tratado de Oncologia Genital e Mamária. Rio de Janeiro: Revinter, 2006.

BADALOTTI, Mariângela, TELÖKEN Cláudio, PETRACCO, Álvaro. Fertilidade e Infertilidade Humana. Rio de Janeiro: MEDSI, 1997.

MAYEAUX, E. J. Jr.; COX, Thomas J.. Tratado e Atlas Colposcopia Moderna. 3ª ed. Rio de Janeiro: Di Livros Editora e Livraria, 2014.

PINOTTI, José A.; FONSECA, Ângela M da.; BAGNOLI, Vicente R. Tratado de Ginecologia. Rio de Janeiro: Revinter. 2005.

SINGER, Albert. Colposcopia: Patologia e Tratamento do Trato Genital Inferior. Rio de Janeiro: Revinter, 2002.

WALLWIENER, Diethelm. Atlas de Cirurgia Ginecológica. Porto Alegre: Artmed, 2012.

 

6 PROGRAMA DO INTERNATO EM OBSTETRÍCIA

Os alunos serão divididos nos seguintes setores:

a) Ambulatório: Ambulatório Geral e Ambulatórios Especializados

b) Centro Obstétrico e Sala de Admissão

c) Alojamento Conjunto

 

Plantões no Centro Obstétrico:

Os plantões ocorrem em horário noturno e finais de semana.

 

Atividades Teóricas:

Composta por seminários administrados pelos preceptores, cabendo aos alunos um tema para ser apresentado sob a forma de seminário.

 

Conteúdo do Programa Teórico:

1. Assistência pré-natal

2. Estática fetal, bacia, e mecanismo de parto

3. Assistência ao trabalho de parto, episiotomia, fórcipe, cesariana e partograma

4. Amamentação e patologias mamárias

5. Puerpério normal e patológico

6. Sangramento na gestação (primeira e segunda metades)

7. Ecografia e avaliação fetal intra e anteparto

8. Pré-eclâmpsia e CIUR

9. Diabete e gestação múltipla

10. Trabalho de parto prematuro e ruptura prematura de membranas

11. Infecções e isoimunização Rh

12. Bioética

13. Atendimento humanizado, contextualizado e ético

 

Descrição das Atividades:

O interno neste estágio terá responsabilidades progressivas, compatíveis com seu nível acadêmico de final de curso de Medicina.

 

Estágio Eletivo em Obstetrícia:

Os alunos serão distribuídos nos diversos Setores do Serviço de Obstetrícia: Centro Obstétrico, Alojamento Conjunto, Ambulatório de Pré-natal. Todas as atividades desenvolvidas nestes setores serão realizadas sob supervisão dos Professores da Disciplina de Obstetrícia, que desenvolvem suas atividades nesses setores.

Compõe ainda as atividades dos internos do estágio opcional a realização de plantões diurnos de 12 horas, no Centro Obstétrico.

Atividades teóricas

Seminários sobre temas obstétricos

 

7 METODOLOGIA

Aulas teóricas expositivas dialogadas, com abordagem de temas relevantes em ginecologia e obstetrícia, com a utilização de mídia digital. Aulas práticas em subgrupos, desenvolvidas no centro de simulações e habilidades da URI, no contexto ambulatorial e hospitalar. As aulas que ocorrem no centro de simulação priorizam o treinamento em mecanismo e assistência ao parto, mediante modelos e simulação de alta fidelidade. O atendimento ambulatorial e hospitalar é realizado pelos alunos internos, sob supervisão do professor/preceptor. Há discussão dos casos atendidos, com proposição de condutas. Estudos de caso, discussões em grupo e seminários são estratégias metodológicas priorizadas nesta unidade curricular.

 

8 AVALIAÇÃO

As avaliações têm caráter formativo, somativo e diagnóstico. A avaliação formativa, decorre da observação diária do desempenho dos alunos nas atividades práticas assistenciais e feedback dos atendimentos clínicos realizados. A avaliação somativa ocorre por meio de avaliações teóricas e/ou práticas, mediante apresentações dos casos clínicos e seminários. A avaliação diagnóstica embasa-se na demonstração da aquisição das competências, habilidades e atitudes inerentes aos objetivos do internato.

 

9 BIBLIOGRAFIA BÁSICA

CUNNINGHAM, F. Gary. Obstetrícia de Williams. 24ª ed. São Paulo: Mc Graw Hill, 2015.

LEVENO, Kenneth J. Manual de Obstetrícia de Williams. 23ª ed. São Paulo: Mc Graw Hill, 2013

REZENDE, Montenegro. Obstetrícia Fundamental. 13ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.

 

10 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

CERRI, Giovani Guido; PASTORE, Ayrton Roberto. Ultrassonografia em Ginecologia e Obstetrícia. Rio de Janeiro: Revinter, 2010.

FREITAS, Fernando; MARTINS-COSTA, Sérgio H. Rotinas em Obstetrícia. Porto Alegre: Artmed, 2010.

MARTIN, J. N. Clínicas Obstétricas e Ginecológicas: Emergências. Editora Interlivro, 1995.

ZUGAIB, Marcelo; BITTAR, Robert Eduardo; FRANCISCO, Rossana Pulcinelo Vieira. Protocolos Assistenciais. Clínica Obstétrica. 5ª ed. São Paulo: Atheneu, 2015.

 

11 SUGESTÕES DE CONSULTA EM PERIÓDICOS

American Journal of Obstetrics and Gynecology. St. Louis, Mo. EUA.

BJOG: British Journal of Obstetrics and Gynaecology. Oxford-Inglaterra.

Clinical Obstetrics and Gynecology. Philadelphia, Pa. EUA. Femina. Rio de Janeiro, RJ.

Brasil.

Obstetrics and Gynecology. New York, N.Y. EUA.

Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Rio de Janeiro, RJ. Brasil.

Revista Brasileira de Medicina – Ginecologia e Obstetrícia. São Paulo, SP. Brasil.

Revista Científica: Maternidade, Infância e Ginecologia. Porto Alegre, RS. Brasil.