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Diplomada em Ciência da Computação é premiada nos Estados Unidos

15/12/2024 - 153 exibições
   

Jessica Imlau Dagostini, ex-aluna do Curso de Ciência da Computação da URI e bolsista (durante o curso) do projeto URI Online Judge (hoje plataforma beecrowd) foi premiada internacionalmente em Atlanta, Estados Unidos. Ela foi uma das 2 estudantes de doutorado selecionadas e premiadas de um total de 18 pessoas que participaram do evento.
A premiação foi uma bolsa da ACM, uma sociedade científica e educacional dedicada à computação, cujo valor é de 15 mil dólares por ano até o final do doutorado, com duração de 3 anos, e é concedida a participantes do grupo de interesse especial em computação de alto desempenho. A bolsa é destinada a mulheres e pessoas de grupos sub-representados em ciências computacionais e ciências de dados, com o intuito de ajudar os estudantes a continuarem seus estudos em seus cursos.
Segundo Jessica, “a bolsa foi muito concorrida com a participação de estudantes do mundo inteiro. Normalmente, são entre 80 a 100 candidatos na final, onde todos eles têm perfis de excelência. Destes, são selecionados de 6 a 12 pessoas. Esse foi o primeiro ano que somente 2 pessoas ganharam”, informou. Jessica foi a primeira da universidade (University of California Santa Cruz) a ganhar esse prêmio, o que eleva ainda mais a importância desta conquista.
Como as universidades dos Estados Unidos são pagas, essa é uma bolsa um pouco diferente de outras porque ela não substitui a bolsa regular dela (paga pelos seus orientadores), mas é um complemento para incentivar minorias a continuarem e finalizarem seus cursos. Além da bolsa, Jessica também recebe um salário como doutoranda, que é razoável, mas muito menor do que o salário de um profissional de mercado de TI (Tecnologia da Informação) dos EUA. 

Jessica foi indicada por seus orientadores como candidata do departamento da universidade onde estuda, por meio de uma carta explicando as razões para receber a bolsa e o que ela estava pesquisando. Além disso, ela teve que responder uma pergunta falando sobre o que lhe motivava a fazer um curso de pós-graduação em computação, com apenas 200 palavras, ou seja, tinha que ser bem escrita e concisa. Por fim, foi preciso também uma carta de recomendação de uma terceira pessoa com quem trabalhou ou foi professor no passado.
A pesquisa no doutorado de Jessica está atrelada à computação científica, onde ela busca formas de acelerar a execução de uma aplicação que auxilia no alinhamento de DNAs. Ela acredita que uma das razões pelas quais ela foi uma das ganhadoras esse ano foi porque o comitê avaliador viu potencial no que estava desenvolvendo.
Os ganhadores dessa bolsa são tradicionalmente reconhecidos publicamente durante a Supercomputing Conference, que é a maior conferência sobre supercomputação no mundo, onde anunciam o Top500 dos computadores mais rápidos do mundo. 

Segundo o professor Neilor Tonin, do Curso de Ciência da Computação da URI e orientador do projeto durante a graduação, “esse prêmio refletiu a dedicação e a capacidade de Jessica e também a qualidade do curso de Graduação da URI. O embasamento dado durante a graduação foi suficiente para que ela pudesse aprofundar os conhecimentos, fazer o mestrado na UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e, posteriormente, um doutorado nos Estados Unidos. Como resultado, Jessica superou inúmeros outros candidatos advindos de Cursos de Graduação de Universidades do mundo inteiro, e está de parabéns”. O professor também lembra que “além de Jessica, vários outros ex-alunos do Curso de Ciência da Computação da URI estão tendo uma carreira de destaque no exterior, em grandes e importantes empresas de TI, tais como a Google, Amazon e empresas de produção de microprocessadores, entre outras”. Isso novamente reflete a qualidade de formação dos egressos do Curso de Ciência da Computação da URI, conclui o professor.  

 

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