Como se tornar um doador de sangue cadastrado? Essa foi a temática abordada com os alunos do Terceiro Ano do Ensino Médio da Escola de Educação Básica da URI. O assunto foi apresentado na quarta-feira, 28, pelos acadêmicos do Curso de Enfermagem, Júlia Sfatoski, Maria Eduarda Michelin e Anderson Sostisso, ex-alunos da Escola Básica, que conversaram, também, sobre a doação de medula óssea.  

Segundo os estudantes de Enfermagem, para ser um doador de sangue cadastrado, basta estar em boas condições de saúde; ter entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos (menores de 18 anos precisam de autorização); pesar no mínimo 50kg; e estar descansado (ter dormido pelo menos 5 horas nas últimas 24 horas).

O transplante de medula óssea, informaram, é uma modalidade de tratamento indicada para doenças relacionadas com a fabricação de células do sangue e com deficiências no sistema imunológico. Os principais beneficiados com o transplante são pacientes com leucemias originárias das células da medula óssea, linfomas, doenças originadas do sistema imune em geral, dos gânglios e do baço, e anemias graves (adquiridas ou congênitas).

Outras doenças, não tão frequentes, também podem ser tratadas com transplante de medula, como as mielodisplasias, doenças do metabolismo, autoimunes e vários tipos de tumores. O transplante de medula óssea pode ser indicado para o tratamento de um conjunto de cerca de 80 doenças.

Para que se realize o transplante de medula é necessário haver uma compatibilidade entre doador e receptor. A análise de compatibilidade é realizada por meio de testes laboratoriais específicos, a partir de amostras de sangue do doador e do receptor, chamados de exames de histocompatibilidade.

Para doações de sangue, ressaltaram os acadêmicos, é necessário agendamento presencial ou pelo telefone (54) 3522-5366 e o atendimento acontece de segunda a quinta-feira, das 7 às 11 horas; na sexta-feira, das 9 às 11 horas, e no primeiro sábado de cada mês, das 7 às 11 horas. O Banco de Sangue de Erechim está localizado agora ao lado da Unidade Municipal de Referência em Saúde (antiga UPA), na rua Vinte de Setembro – bairro Centro.

Segundo a acadêmica Julia Sfatoski, “de forma explicativa e dinâmica, tiramos dúvidas dos alunos sobre os assuntos, desmistificamos alguns mitos, mostramos os benefícios para o doador e para quem recebe”.

A atividade contou com a participação da colaboradora Manuela Santolin, um exemplo de receptora de sangue, a qual relatou sobre a grande movimentação de pessoas para doação sangue quando sofreu um acidente.

Segundo a Coordenadora Pedagógica da Escola, professora Viviane Forcellini Domingues, “é gratificante reencontrar ex-alunos trazendo um pouco das suas vivências para a Escola. Essa troca entre jovens é fundamental”, diz ela.