Espécies nativas de orquídeas encantam pelo colorido, mas principalmente pelo habitat. A maioria delas são epifíticas e, sendo assim, utilizam árvores como suporte. Formam lindos jardins suspensos colorindo as matas.
É o caso das espécies de Oncidium conhecidas pelos nomes populares de “Chuva de Ouro” ou “Dançarinas” que com suas hastes florais das mais variadas tonalidades de amarelo e marron escuro, enriquecem os troncos das árvores nativas em várias regiões.
As araucárias são excelentes anfitriãs para essas hóspedes coloridas e perfumadas. Seus ramos resistentes e com casca enrugada, também povoados por musgos e líquens, constituem um habitat natural perfeito para as “Dançarinas” proliferarem seus bulbos e espalharem suas diminutas sementes que germinam dando origem a novos indivíduos.
Nos últimos dias, foram registradas duas imagens dessas espécies, ambas em araucárias. Uma delas está localizada na área interna da Universidade, próxima da usina de energia solar. Outra foi capturada também numa araucária no “Mato do Chia”, em Quatro Irmãos, uma área de 50 hectares que será transformada em parque natural destinada ao turismo, lazer e educação ambiental e que pertenceu a Osias Eisen, último descendente da imigração judaica para a região.
Outra atração foi o registro de um besouro “Arlequim do mato”, também chamado de serra-pau, um inseto que adora se alimentar do tronco de árvores. Ele chama atenção pelas pernas muito compridas e carapaça espalhafatosa, com padrões em vermelho, laranja e preto. As pernas atingem mais de 15 centímetros, muitas vezes superando o dobro do tamanho do seu corpo. Conforme informações do Museu de Ciências da URI, o grupo reúne mais de 350 mil espécies e representa cerca de 40% dos insetos e 30% de todos os animais do planeta.