A Escola Básica da URI, assim como os cursos de graduação da Universidade, também está pondo em prática o Projeto Integrador, onde os próprios alunos são agentes de sua formação.
Na segunda-feira, 11, a egressa da Escola, Fernanda Petkowicz Ruschel, e acadêmica de Direito, e as alunas Valentina Soares Iopek e Gabrielle Sofia Szlachta, falaram sobre a violência contra a mulher (Lei Maria da Penha), para os alunos das turmas do 1º ano do Ensino Médio. A iniciativa fez parte da disciplina de Projeto Integrador da Escola, com orientação da professora Caroline Isabela Capelesso Ceni, do Curso de Direito.
Durante a apresentação, as estudantes analisaram a Lei 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha, e as diferenças entre os tipos de violência, sejam elas física, psicológica, patrimonial, sexual e moral. Segundo a lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher, qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial. No entanto, segundo a mesma lei, existem mecanismos para coibir e prevenir tais atos, explicaram as alunas.
Para a aluna Laura Coan Bis, "a palestra foi super interessante, tratou sobre um assunto delicado mas que necessita atenção. Os tipos de violência contra a mulher, leis importantes e depoimentos fizeram com que refletíssemos e nos interessássemos pelo assunto, fazendo com que estejamos alertas para qualquer sinal. Foi uma palestra incrível", disse.
A aluna Juliana Barboza destacou a importância dessa lei no combate à violência contra a mulher, trazendo casos reais que mostraram seu impacto na sociedade e o quanto é essencial a representatividade de vítimas de casos de violência, e colocar em cena os direitos que as adolescentes precisam ter consciência, e não normalizar situações que colocam sua integridade em risco.
Segundo ela, “o que mais chamou a atenção foi a conexão feita com a violência moral em ambientes escolares. Falar sobre bullying e humilhações que ocorrem entre os estudantes foi fundamental, pois muitas vezes essas situações são “ignoradas”. A apresentação realçou a importância de as escolas serem espaços seguros, onde todos, independente da idade, se sintam respeitados. Uma experiência rica e que nos faz pensar em nosso lugar na luta contra qualquer forma de violência."
Tal reflexão é importante para que alunos desde cedo tenham conhecimento da Lei, posicionem-se a respeito, conheçam os direitos e os deveres dos envolvidos em agressões contra a mulher.